v1.
tu fazes o teu armário
eu faço o meu poema
talvez tu pendures o meu poema no teu armário
depois de posto
o teu armário no meu poema
e como de nada
nos lembramos
mas como vemos
ao longe
tu
o meu poema
ao perto
eu
o teu armário
para guardarmos
sobretudos
que não temos
para guardarmos
tudo sobre
o que tememos
entre a palavra e a madeira
o nosso poder
falar
v2.
tu fazes o teu armário
eu faço o meu poema
talvez tu pendures o meu poema no teu armário
depois de posto
o teu armário no meu poema
e como nada
temos
ao longe
o meu poema
e como nada
tememos
ao perto
o teu armário
tramam-nos
vestidos
velhos
tudo sobre
traças
o que não queremos
falar
entre a palavra e a madeira
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