Saturday, January 08, 2011

a renda da casa

'certo napperon 
'é 
'com dois 
'pes
pontos'



] e uma sesta da Eva, mas isso seria muito rebuscado e o que não mata
pesponta mesmo quando os tubos estão modernamente preparados para o pós
tumolo e gavetas e sonecas de Telleman
a ter acesso às mãos
a retirar-se da água para não perder demais
da última
pês foi um pé de sépias amputadas pelas semiperiferias semeadas a soro
folêgo em murmurar pelos balões botânicos



] vou buscar o bule da Sallete
passas-me o naperão? A Adília
levou-me

os guardanapos
temos sempre as mangas
e as minhas falas vazias como

numa tira de BD



2 comments:

groze said...

gostei tanto, Jesú! ^-^

e é sempre de valor existir outrém a estar côsnscio do facto de napperon se escrever com dois Pp. ou, até, de usar a belíssima expressão portuguesa "naperão".

um amplexo, ou qualquer coisa assim, que demonstre carinho e apreço sem, no entanto, extravasar da cordialidade pretendida.

rita grácio said...

Obrigada, Groze! :)
amplexo aceite e retribuído em igual medida! de valor também é existirem outréns a escrever como se "nem todo o sangue do mundo, nem todo o amplexo do ar", para dizer o mínimo da tua escrita. por isso fica também como singela homenagem este poema "ao desafio". (na verdade, os poemas são todos para serem des.a.fiados... venham mais cinco ;))