lobos e corujas habitam o meu corpo
no precipício violento das janelas excessivas
os micróbios são um dos mais poderosos elementos de transformação da matéria
e nisto
o “calculador de improbabilidades” moveu todos os eléctricos azuis – arrumados, parados, avariados, cansados –
que agora atravessam os paradigmas sépticos, mesmo cépticos, embrulhados e tudo, em papel celofane
atravessam-nos em infiltrações celulares e desconcertos quânticos até aos ossos
fica-me o calcário todo na garganta
o medo a encarquilhar o caminho pré-moderno-com-cheiro-a-terra-molhada
mastigo as urtigas que sobram das orações maias e dos palácios emplumados
e os retratos desnecessários mordem-me nos bolsos da memória e permanecem-me
. “não podendo, falamos assim”
. orceína neutra, sol, vermelho policrómico, mar, relações de tecido e sobretudo
gelado de romã e pêssego branco com um toque de flor de laranjeira
.ou o que preferires
No comments:
Post a Comment