História Natural
os pés pisam o palco preto.
a nudez inicial transforma-se em movimentos de animal ferido.
finda a música fica a respiração assimétrica dos corpos em fuga.
De vestido em vestido volta-se a contar a Estória
- natural-izada de um bolo de chocolate.
Elas renascem dos sapatos de salto
- alto como o sol invisível que lhes puxa os fios de marionetas antigas
e vê-se o medo nos músculos
- em pontas.
Há que calcular o tempo entre a muda da primeira camada de pele
e a próxima.
Os homens-cabide fixam residência
num silêncio de três quartos
enquanto os cães negros se lançam por dentro
da madeira.
Uma cadeira sem gente, sem roupa, sem som
- permanecerá “cadeira”?
Monday, February 12, 2007
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