Tuesday, February 20, 2007

a ordem das coisas

é da natureza dos anéis, serem perdidos por dedos desamados.

é da natureza dos arlequins serem tristes como carnavais mal disfarçados.



é da natureza dos chapéus ocultarem cabeças-de-lâmpadas-fundidas.


é da natureza do público das coisas não existir, e é da natureza das coisas existir sem público.


é da natureza d@s ma(u)s poetas escreverem metáforas parvas às tantas da madrugada, em lugar de tomarem um xanax, como fazem as pessoas de bem.

1 comment:

nuno said...

a minha... é de querer ter um pouco mais do que respostas...

o silêncio das equações mornas...

a tranquilidade dos versos encaixotados, decantados, da cor do vinho...

mas apenas da cor...

a minha natureza é ser mecanicamente caótico nas palavras...

metáfora-veia

e uma vida que não sabe o que é a ordem das coisas... tão pequenas essas que deveriam ser uma vida...

parece-me que as madrugadas foram feitas para a poesia... entre o muito para o que foram feitas... talvez até um anunciar de aurora...

chegar e ler... partir e ler... despir o dia e ler... e um lugar onde nenhuma letra é menos do que a dimensão do por-sonhar...

onde estou...