ela passa os crepúsculos em catálogos de quinquilharia
pensando como seria feliz se tivesse mais um roupeiro onde
arrumar a roupa arrumar a roupa arrumar a roupa arrumar-
-se arrumar se arrumar se arrumar se a marrar se a marrar se marrar
-se arrumar se arrumar se arrumar se a marrar se a marrar se marrar
over
ela passa as tardes em queixumes de chocolate e café
pensando como seria feliz se não tivesse queixumes
ela passa as tardes em queixumes de chocolate e café
pensando como seria feliz se não tivesse queixumes
às vezes não tem chocolates outras vezes não tem café
andela passa as manhãs em limpezas sísificas
pensando como seria feliz se as narinas da casa não espirrassem tanto pó
pensando como seria feliz se
pensando como seria feliz
pensando como seria
over
3 comments:
Pois... tudo em ciclos e por aí adiante.
"Pensar é estar doente dos olhos(...)" Talvez nem só dos olhos.
alberto caeiro no seu melhor :) contudo, e permiti-me discordar do "mestre" do próprio Pessoa, pensar também leva a outros lugares e a outras visões, e a outros olhos e olhares. felizmente, acho eu.
Tem de vir este carteiro dizer que a complexidade (ou confusão) daquilo que é, mais a que daquilo que desconhece ser, permite estar de concordância quer com o "mestre Caeiro" quer com o "peixe que queria ser um tira linhas e que bem pode ser mestre de alguém"... felizmente.
...porque há um tempo para pensar no quão idiota pode ser pensar mas também tempo para a riqueza que o pensar nos traz.
(eu bem escrevi a palavra confusão acima :)
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