às x
já nem cabia na mala
ficava uma história com a gola a pender, ou uma pata de fora ou desgastavam-se os punhos de um provérbio sem botões
de punho
E depois ninguém podia dizer que fora por sua culpa que se perderam os mitos dos grandes ómens civilizadores educadores e desoutrificadores
.
pois não cabiam na mala-que-não-cabia
no porão
que era imenso e de ébano.
.
nem soprando no café confinado à chávena de retalhos de louça de Guell
poderia perceber a origem dos furacões
quanto mais a teimosia da mala onde não coubera – cabia – exígua -
.
ainda pensou na decantação da violeta de cristal por meio de um composto
orgânico
não
restava-lhe apenas
o cheiro a canela
açafrão
cardamomo
restava-lhe apenas
vestir o velho trajecto das especiarias
e entrar no caleidoscópio
. nú
2 comments:
És especial. Não há muita gente que escreva como tu :)
Kiss!
um elogio grande de mais para este peixe-miudo.
o louvor é à generosidade da/os que pescam neste aquário,e por isso, muito obrigada.
obrigada andreia,do fundo deste coração de escamas* :)
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